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terça-feira, 10 de setembro de 2013

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

          

           Está em discussão no Congresso Nacional, desde 2010, o PNE - Plano Nacional de Educação, que já deveria ter sido implantado em 2011 e que traça metas para a educação até 2020.
           Entre essas metas, não posso deixar de destacar a Meta nº4 que trata da inclusão de alunos com deficiência. 
           O texto original dessa chamada Meta 4, dizia que os alunos com deficiência deveriam "PREFERENCIALMENTE" buscar a inclusão em escolas regulares. Ou seja, somente em determinados casos os pais poderiam ou não optar pela escola regular para que seus filhos convivessem com crianças sem deficiência.
            As comissões do Congresso, retiraram o termo "PREFERENCIALMENTE", deixando como uma "OBRIGAÇÃO", a matrícula dessas crianças em escolas regulares, sem avaliar o grau de deficiência de cada um.
            Isso já fez com que alguns parlamentares sugerissem o fim do repasse para instituições como as Escolas de Surdos, Apae's, Ama's e tantas outras entidades assistenciais.
            Apesar de não ficar claro ao público, apresentou-se uma proposta para que os repasses de verbas públicas fossem reduzidos gradativamente até 2016. Após essa data, as entidades só poderão receber verbas que pessoas físicas e jurídicas na modalidade de doação ou através de atividades que promovam qualquer tipo de arrecadação, como os bazares, leilões, etc.
            Como filho de um dos fundadores da Apae de Jaraguá do Sul, e tendo a honra de já ter integrado a diretoria da entidade, na qualidade de secretário, não posso ficar alheio a esse problema.
            Diversos segmentos da sociedade já estão se manifestando pela volta do texto original, que deixa aos pais, a opção entre a escola regular ou as entidades específicas para tratar da educação de seus filhos. 
            Vamos acompanhar e auxiliar as entidades locais a se manifestarem nas esferas estadual e federal. Encaminharemos aos nossos deputados estaduais e federais, assim como aos nossos senadores, nosso repúdio e nossos protestos em relação ao desrespeito com que estão tratando um assunto tão sério como esse.
            Como já foi mostrado até em reportagens da televisão, nem todos os autistas podem frequentar escolas regulares. O mesmo ocorre com as pessoas com défict de inteligência, com os surdos e com os cegos.
            Cada caso é único e deve ser avaliado pelos médicos, pelo especialistas em educação e pelos pais. Isso não compete ao estado. É um direito dessas crianças, estudarem em escolas e instituições que disponham de especialistas em cada área.
            Nenhum colégio público ou particular do ensino regular, dispõe hoje desses especialistas.
            Também não permitiremos que promovam a morte lenta das nossas APAE's, AMA's e das escolas de Libras espalhadas pelo país, com a proibição de repasse de recursos públicos.
            Se hoje temos centenas de deficientes cursando universidades, muito disso se deve à essas entidades.
            Vamos cobrar uma atitude de nossos representantes no Congresso Nacional para que saiam em defesa das nossas entidade e das famílias que delas dependem.



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